Com o advento da revolução industrial iniciada na Inglaterra no século XVIII, certos produtos químicos como ácido sulfúrico, carbonato de sódio e potássio passaram a ser constantemente requisitados em escala industrial para a produção de têxteis, vidros, sabão, entre outros. No período não haviam profissionais especializados nem técnicas eficazes para elaboração dos mesmos, concomitantemente existiam pressões econômicas que exigiam cada vez mais o desenvolvimento e modernização da indústria química a fim de evitar a sua falência. Dessa maneira, nas primeiras décadas do século XIX iniciou-se a efetiva implantação da indústria química com a invenção do Processo Le Blank para a transformação do sal marinho em soda (Nicholas Le Blank, 1810); do Processo Solvay, processo mais direto que substituiu o Processo Le Blank porém sendo utilizado em escala industrial apenas 60 anos mais tarde (A. J. Fresnel,1811) e do processo da Torre de Glover – criado para reutilizar o nitrato perdido para a atmosfera durante a produção de ácido sulfúrico.
Nesse período, entretanto, a indústria química era operada por engenheiros mecânicos com experiência ou conhecimentos de processos químicos, mas sem formação técnica na área. Por outro lado, os desenvolvimentos laboratoriais eram de responsabilidades dos químicos. Além desses, os inspetores de segurança tiveram um papel essencial na prevenção de acidentes, que na época eram frequentes.
Dessa maneira, vemos o quão importante é a nossa profissão para a sociedade, sendo que há aproximadamente três séculos esta necessidade foi fundamentada com pressões da própria indústria e consequente criação do curso. A área ainda sofre contínuas transformações e nós, futuros ou já engenheiros químicos, temos como papel acompanhar tais mudanças e buscar alternativas a fim de aprimorar e diminuir os impactos gerados pelas indústrias e seus resíduos e efluentes.