terça-feira, 15 de maio de 2018

ENGENHARIA QUÍMICA E A PERÍCIA CRIMINAL

Para se tornar um perito criminal é necessário uma formação em áreas específicas, tais como: medicina, biomedicina, farmácia, bioquímica e claro, nossa incrível Engenharia Química. Mas qual a relação? A interface é a química forense que utiliza de técnicas sofisticadas como cromatografia, espectroscopia, espectrometria de massa, calorimetria, papiloscopia e termogravimetria para identificar a substância utilizada em um envenenamento, as impressões digitais de envolvidos em crimes, manchas orgânicas, como sangue, esperma, fezes e vômito, manchas inorgânicas, como lama, tinta, ferrugem e pólvora, e analisar evidências como fios de cabelo, peças de vestuário, poeiras e cinzas em locais de crime que levam à solução de um crime, com a punição dos culpados que é  a meta primordial da justiça (CRQ, 2011).
Além disso a perícia criminal e a química forense continua expandindo, tornando-se cada vez mais necessária, diante da criminalidade que ao longo dos anos vem se utilizando de técnicas complexas e sofisticadas para atuação nos crimes. Essa parte específica da química é um meio seguro e eficaz na elucidação dos crimes de diversas naturezas com o uso de técnicas de diferentes leituras destinadas a este fim. Neste cenário, o engenheiro químico assume um papel fundamental que diz respeito aos avanços e estudos de casos criminais.
Dado o exposto, concluímos que a Perícia Criminal é mais um dos muitos lugares que nos encaixa tão coerentemente e que junto à ela, a Engenharia Química pode trazer grandes avanços para análises das técnicas utilizadas em ações criminosas que estão cada vez mais desenvolvidas, necessitando de análises mais rigorosas para conseguir se chegar ao apuramento verídico dos fatos.

10 MOTIVOS PARA VOCÊ SE TORNAR UM ENGENHEIRO QUÍMICO

1) Profissão do Futuro:
Segundo Rocha (2002) apud CREMASCO (2010), no final da Segunda Guerra Mundial, 80% dos bens que seriam utilizados no ano de 2000, ainda não existiam, a mesma perspectiva se tem para 2020: 90% dos bens que ainda usaremos não foram criados. E a Engenharia Química está ligada diretamente nesse futuro tão próximo, onde descobertas ainda estão por vir e não sabemos exatamente o que realmente nos fará falta. Esse futuro cabe ao Engenheiro Químico, que pesquisa e encontra novos produtos e os põe no mercado.
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2) Atuação direta na produção:
Da matéria-prima ao produto final, o Engenheiro Químico atua na Indústria desde o laboratório e a pesquisa, etapas da produção, até o controle da qualidade e o conhecimento do produto finalizado. Além dessa atuação diretamente no processo, o profissional pode ainda assumir outras funções administrativas, como compras e vendas dentro da fábrica e até mesmo gerenciamento de equipes. Pode ainda planejar, supervisionar e dar manutenção aos equipamentos.
3) Valorização:
Atuando como coringa nas Indústrias, o Engenheiro é quem define como será a planta e qual o processo será utilizado, ele que decide como vai funcionar uma operação e como a fábrica deverá seguir seus passos. É ele que atua diretamente na qualidade do produto final e no sucesso da produção. Deve ser um profissional crítico e criativo, capacitado para atuar na resolução de problemas, ser comprometido e ético, ser curioso e oportuno. Têm capacidade para atuar em diversas áreas da tecnologia e desempenhar várias funções.
4) Falta de Profissionais:
Por ser um profissional multifuncional, há uma grande procura por Engenheiros Químicos. O Brasil forma 40.000 engenheiros por ano, metade desse número opta pela área Civil. Por ser um curso com grade curricular bastante difícil, 55% dos alunos que entram na faculdade, evadem, sem falar naqueles que não conseguem se formar. A falta deste profissional também se dá pela falta de experiência adquirida nos estágios que são obrigatórios no final da graduação, por isso as empresas buscam os alunos para estágio e os treinam, para que depois possam efetivá-los, esse processo é conhecido por Training.
5) Campo de Trabalho:
O Engenheiro Químico pode atuar em diversas áreas, desde a criação de produtos na indústria de base, petroquímica e alimentos. Pode atuar no desenvolvimento de novas tecnologias que visem à preservação ambiental. Trabalhar na indústria farmacêutica, construção civil, agrícola, biotecnológica, nuclear, petroquímica, alimentícia, alcoólica, fibras, dentre outros. E, além de atuar nas Indústrias, o Engenheiro Químico tem a possibilidade de atuar, também, na área de perícia e no meio acadêmico.
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6) Ciências Exatas:
Com grande carga horária de disciplinas das exatas, o curso de Engenharia Química abrange disciplinas em torno de física, química e matemática, desde o primeiro período o aluno já convive com números e com disciplinas que vão desde química geral até cálculo inicial. A partir do segundo ano o curso vai se aprofundando nas matérias mais específicas.
7) Possibilidade de crescimento
Por ser multifuncional, o Engenheiro Químico pode também ser gerente de empresas. Vende e oferece serviço e dirige projetos, planeja e supervisiona, administra equipes, procura métodos que aumentem a produtividade e que reduzam os custos, procura manter a segurança no local de trabalho. Ele que projeta a construção e a montagem de fábricas e administra as máquinas para otimizar a produção.
8) Abrange outras engenharias:
Além de um amplo campo de atuação, a Engenharia Química pode substituir outras engenharias, como por exemplo: Engenharia Ambiental, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Petróleo e Gás, Engenharia de Materiais, Engenharia Metalúrgica, Engenharia Têxtil, Engenharia Hídrica, Engenharia de Minas, Engenharia Sanitária, Engenharia Nuclear e outras.
9) Engenharia sustentável:
É no desenvolvimento das tecnologias limpas onde o Engenheiro Químico tem o papel fundamental. Um dos poucos profissionais capacitados, o Engenheiro Químico auxilia na diminuição dos impactos ambientais causados pela indústria. Além de tratar os resíduos, o profissional também pode projetar e aperfeiçoar operações dentro das indústrias, minimizando a geração de efluentes, bem como o consumo de bens esgotáveis e necessários aos seres humanos, como a água.
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10) Remuneração:
Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa econômica Aplicada, 2013), a Engenharia Química é a 8º profissão mais vantajosa, com salário médio de R$5.815,28 com jornada de trabalho de 41,91 horas semanais, com 92,58% dos profissionais empregados. Depois de concluir a graduação, o profissional está praticamente empregado. No auge da carreira, o salário de um Engenheiro químico pode chegar a R$25.000,00.

domingo, 6 de maio de 2018

Polo Petroquímico - Camaçari-BA

O Polo Industrial de Camaçari esse ano(2018) completa 40 anos desde a sua criação. Inaugurado em 29 Junho de 1978, visava atrair novos investimentos para a região,atualmente com mais de 90 empresas da área instaladas na região é responsável por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia, gera R$ 1 bilhão por ano em ICMS(Imposto), e fatura US$ 15 bilhões anualmente.





Dentre as empresas que fazem parte do Polo, 35 unidades industriais químicas e petroquímicas, e 23 parceiras no Complexo Ford. As demais estão nos segmentos de metalurgia do cobre, têxtil, bebidas, celulose, pneus, fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços (incluindo logística).
A localização estratégica do Polo, a 50 quilômetros de Salvador, permite fácil acesso às indústrias através das rodovias BA-093, BA-535 (Via Parafuso), Canal de Tráfego, ferrovias, portos e aeroportos. As indústrias locais são responsáveis por empregar 15 mil funcionários, além de gerar outros 30 mil empregos indiretos.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Surgimento da Engenharia Química

Com o advento da revolução industrial iniciada na Inglaterra no século XVIII, certos produtos químicos como ácido sulfúrico, carbonato de sódio e potássio passaram a ser constantemente requisitados em escala industrial para a produção de têxteis, vidros, sabão, entre outros. No período não haviam profissionais especializados nem técnicas eficazes para elaboração dos mesmos, concomitantemente existiam pressões econômicas que exigiam cada vez mais o desenvolvimento e modernização da indústria química a fim de evitar a sua falência. Dessa maneira, nas primeiras décadas do século XIX iniciou-se a efetiva implantação da indústria química com a invenção do Processo Le Blank para a transformação do sal marinho em soda (Nicholas Le Blank, 1810); do Processo Solvay, processo mais direto que substituiu o Processo Le Blank porém sendo utilizado em escala industrial apenas 60 anos mais tarde (A. J. Fresnel,1811) e do processo da Torre de Glover – criado para reutilizar o nitrato perdido para a atmosfera durante a produção de ácido sulfúrico.



Nesse período, entretanto, a indústria química era operada por engenheiros mecânicos com experiência ou conhecimentos de processos químicos, mas sem formação técnica na área. Por outro lado, os desenvolvimentos laboratoriais eram de responsabilidades dos químicos. Além desses, os inspetores de segurança tiveram um papel essencial na prevenção de acidentes, que na época eram frequentes.



Dessa maneira, vemos o quão importante é a nossa profissão para a sociedade, sendo que há aproximadamente três séculos esta necessidade foi fundamentada com pressões da própria indústria e consequente criação do curso. A área ainda sofre contínuas transformações e nós, futuros ou já engenheiros químicos, temos como papel acompanhar tais mudanças e buscar alternativas a fim de aprimorar e diminuir os impactos gerados pelas indústrias e seus resíduos e efluentes.


Dia do Engenheiro Químico


Dia do Engenheiro Químico é comemorado em 20 de setembro.
Esta data visa homenagear os profissionais que têm a função de trabalhar nas indústrias químicas, desenvolvendo produtos e processos químicos que podem ser usados em escala industrial.
Além de desenvolver, os engenheiros químicos supervisionam e projetam os produtos que são feitos a partir de derivados como o petróleo, minérios, metais, sintéticos e produtos alimentares.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

QUAL O PAPEL DO ENGENHEIRO QUÍMICO NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA?

Devido aos diversos conhecimentos adquiridos durante a graduação, é possível que um engenheiro químico atue no setor alimentício. E a tendência é de assumir os cargos de gestão nas indústrias, pois nossa formação permite resolver problemas que envolvam tanto o processo de produção, como o gerenciamento de produtos e também das pessoas.
Nas indústrias alimentícias também pode-se atuar na parte de controle de qualidade, que possui legislações rigorosas a serem seguidas, na parte de pesquisa e desenvolvimento, pois é sempre bom para a empresa apresentar novos produtos para manter o cliente interessado, no controle e otimização do processo de produção e também na gestão da viabilidade econômica. Outra atribuição do engenheiro químico nessas indústrias é o tratamento da água e de outros efluentes. 
No ramo das indústrias, é interessante que o engenheiro possua alguns conhecimentos a respeito de BPF (Boas Práticas de Produção), Lean Manufecturing ou Black Belt, pois isto apresenta um diferencial comparado com outros candidatos e auxilia na otimização dos processos. E neste período econômico é importante possuir um diferencial para garantir uma vaga.

E segundo a professora Leila Magalhães, da Faculdades Oswaldo Cruz: “O engenheiro químico é um profissional atuante em vários segmentos industriais e com conhecimento multidisciplinar, assim as empresas que contam com este profissional apresentam várias vantagens, tais como: otimização dos processos de transformação e fabricação, desenvolvimento de novos produtos, avanço da biotecnologia, garantia no controle da qualidade dos produtos, análise econômica dos processos, além da garantia do controle ambiental dos rejeitos e efluentes industriais.”
Black Belt: responsável por coordenar vários projetos de melhoria em uma organização.
Lean Maufecturing: é o nome que se dá ao Sistema Toyota de Produção, que se baseia numa abordagem sistemática para identificar e eliminar o desperdício (aquilo que não agrega valor) através da melhoria contínua, com fluxo de material puxado, buscando qualidade total.
Referências bibliográficas:
Redação. O valor do engenheiro químico. Disponível em: <http://www.foodservicenews.com.br/o-valor-do-engenheiro-quimico/>. 
Stepanski, E. Engenharia química: além dos laboratórios uma profissão que exige a gestão de pessoas. Disponível em: <https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/engenharia-quimica-alem-dos-laboratorios-uma-profissao-que-exige-a-gestao-de-pessoas>. 

terça-feira, 17 de abril de 2018

Engenheiros Químicos notáveis no Brasil e no mundo.

A engenharia química nasceu para resolver problemas de outras áreas da engenharia. Alfred Nobel, químico e inventor sueco, é considerado o “pai da engenharia química” (sim, aquele mesmo cientista que deu nome ao Prêmio Nobel). Filho de um engenheiro civil, aplicou seus conhecimentos em química para inventar a dinamite e sua invenção serviu pra facilitar trabalhos de construção.



Pela história também encontramos Victor Mills, engenheiro químico da empresa P&G, que foi creditado pela invenção das fraldas descartáveis da marca Pampers em nos anos 1950 e o conceito de produção das batatas Pringles. No Brasil, o cearense Expedito José de Sá Parente é considerado o “pai do biodiesel”. Outros nomes mais conhecidos no país são o da ex-presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e o da atual presidente da LATAM, Cláudia Sender. 

Áreas da Indústria e a Participação do Profissional




O Engenheiro Químico é requisitado em diversas áreas da indústria: petroquímica (que inclui gás natural e carvão), alimentícia, plásticos, açúcar, indústria agrícola e agroquímica, cimento, vidro, farmacêutica, fermentação, cosméticos, produtos de limpeza, tintas, papel e celulose, entre muitas outras. O engenheiro químico deve estar presente em processos das indústrias que passam por transformações físico-químicas. 
Também é trabalho do profissional elaborar técnicas de extração e obtenção de matérias-primas, comandar tratamento de resíduos, reaproveitamento de material e geração de energia. Entre as centenas de funções, o engenheiro químico ainda pode pesquisar tecnologias e desenvolver produtos, equipamentos e processos mais eficientes.

A “Engenharia Universal”


“Porque ela se aplica a tudo: na indústria, em uma casa, num laboratório... em tudo que exige transformação”.
A formação nessa área garante ao profissional um conhecimento amplo em diversas áreas: química, física, computação e matemática. Graças à biotecnologia, as ciências biológicas também foram incorporadas ao curso, e o currículo não para por aí: computação, economia, administração, controle de produção, comunicação, desenvolvimento pessoal e segurança do trabalho fazem parte dos estudos de um engenheiro químico. É essa amplitude que confere ao profissional o título de “engenheiro universal”, uma vez que é capacitado e tem conhecimento sobre diversas áreas da engenharia – e de boa parte de ciências humanas também.
Outra área que recebe os diplomados em Engenharia Química é a perícia criminal. Na área 6 do departamento de Polícia Federal , o profissional analisa drogas ilícitas e atua em outros ramos da criminalística também, como em balística, química forense e investigações de crimes ambientais.


·         Indústrias químicas;
·         Indústrias petroquímicas;
·         Indústria alcoolquímica;
·         Refinarias de petróleo e gás;
·         Indústrias de celulose e papel;
·         Indústrias cerâmicas e vidro;
·         Indústrias de cimento;
·         Indústria de plásticos;
·         Indústrias de adesivos, tintas e solventes;
·         Indústrias de detergentes e produtos de limpeza;
·         Indústria coureiro-calçadista;
·         Indústrias alimentícias;
·         Indústrias farmacêuticas;
·         Fertilizantes;
·         Química fina;
·         Biotecnologia;
·         Energia, gás natural e biocombustíveis;
·         Tratamento de água;
·         Tratamento de efluentes;
·         Meio ambiente e controle de poluição;
·         Órgãos públicos (DEMAE, FEPAM, prefeituras, etc.);
·         Laboratórios de pesquisa;
·         Laboratórios de desenvolvimento de produto ou processo.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Diferença entre Engenharia Química e Química

A grande diferença entre essas duas profissões são os seus campos de atuação:


O Químico trabalha no laboratório fazendo análises químicos, propondo novos processos para obter produtos químicos.





O Engenheiro Químico tem o seu campo de atuação mais industrial, dimensionando equipamentos e definindo as etapas para o processo de fabricação.



domingo, 1 de abril de 2018

A Engenharia Química

A palavra engenheiro vem do século XIV e era dada aos construtores de engenhos militares.
Engenharia Química, assim como a maioria das engenharias, há o conhecimento econômico, científico e social para o beneficio do ser humano através de invenções, melhorias e processos. 




O engenheiro químico trabalha com a extração de matérias-primas e com a transformação físico-química de materiais para o desenvolvimento dos mais diversos produtos de nosso dia-a-dia.
Ele pode atuar, por exemplo, no sistema de tratamento de gases e líquidos em uma indústria de fertilizantes, desenvolver novas tecnologias para a produção de pisos cerâmicos, supervisionar o processo produtivo de medicamentos, planejar a construção de uma usina de mineração e muito mais

SALÁRIO


De acordo a Lei 4.950-A/66, de 1966,O engenheiro químico e vários outros engenheiros ganham de acordo com a sua jornada de trabalho:

Jornada de 6 horas: 6 salários mínimos.
Jornada de 7 horas: 7,25 salários mínimos.
Jornada de 8 horas: 8,5 salários mínimos.


sexta-feira, 23 de março de 2018

Engenheiro Químico



Um engenheiro é um profissional de engenharia, preocupado com a aplicação do conhecimento científico, matemática e criatividade para desenvolver soluções para problemas técnicos.
Já a profissão de engenheiro químico abrange diversas atividades, como o desenvolvimento de processos de produção de produtos de diversas variedades em escala comercial, projeto e operação para plantas industriais, desenvolvendo processos de reciclagem, tratando resíduos industriais além de usar tecnologias limpas para produzir menos resíduos industriais.
A principal característica de um engenheiro químico é a sua abrangência podendo atuar em diversas áreas.